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“Às vezes, fazemos planos, mas muitas vezes acabam por ser uma merda” – entrevista com Nick e Bob

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Quarta-feira, 04 de junho de 2014 | Roger Gascón

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Franz2009A essa alturas do jogo sobram apresentações e o Franz Ferdinand tornou-se, por méritos próprios, atração principal de qualquer festival que se preze. Por isso é um prazer tê-los novamente em nossa página da internet como protagonistas do Bilbao BBK Live e do 101 Sun Festival de Málaga em meados de julho.

Estão situados entre o indie e o pop, pelo menos no que diz respeito ao número de fãs que vocês tem em todo o mundo e no tipo de música que fazem. Vocês se consideram mais indie que pop? Ambos?
BH (baixista Bob Hardy): Gostaria que “indie” continuasse significando o que deveria ser, independente. Temos um contrato com uma gravadora independente, então eu acho que nós somos uma banda indie. De todo modo, acho que indie abrange muitas coisas, não só as gravadora, também o estilo, as guitarras. Sim, nós somos uma banda indie com contrato com uma gravadora independente.

Do revival pós-punk que começou no início do século, vocês são provavelmente, o grupo que amadureceu melhor sem se fastar muito do pós-punk. Qual é a fórmula para o seu sucesso prolongado?
NM (guitarrista Nick McCarthy): Eu não sei, de verdade.
BH: Acho que evitar relaxar e viver das conquistas do passado e tentar fazer um disco tão bom quanto pudermos fazer. É algo que nós estávamos muito conscientes durante a gravação deste álbum. E, também, o fato de termos dado um longo tempo de descanso antes da gravação do disco, o que ajudou muito e nos fez lembrar por que nós disfrutamos tanto antes de tudo. Isto foi muito importante. E, além disso, nós somos bons amigos a muito tempo, e isso faz a diferença.

Vendo como terminaram o resto dos grupos daquela cena musical, com mudanças de integrantes ou rumores de não se darem bem, isso é um mérito.
BH: Sim, é verdade, continuar sendo amigos é uma das coisas mais difíceis quando você está em um grupo já há algum tempo, porque vivemos juntos, trabalhamos juntos, e conseguimos. E, como eu disse há pouco, fazer pausas como as de antes da gravação do disco contribuem com isso.

Quais são os ingredientes da canção perfeita do Franz Ferdinand?
BH: Um bom ritmo, creio, o ritmo é muito importante. Na verdade, Nick estudou baixo, o que o torna um cara ritmico, Paul é um baterista incrível, Alex tocou baixo, e eu, bem, eu sou o baixista. Eu acho que é uma das chaves do grupo, todos trazem o ritmo dentro de si.
NM: O que é importante é uma boa linha de baixo e um bom ritmo de bateria.

Como vocês compõe suas músicas? Todos juntos ou um leva uma melodia e vocês trabalham nela nos ensaios?
NM: Depende da música, mas no final sempre a construimos todos juntos.
BH: O modo padrão seria quando você, Nick, tem a melodia, ou o Alex escreve uma melodia vocal e vocês dois terminam juntos, vocês escrevem o refrão ou o que a música necessita, e, em seguida todos juntos fazemos os arranjos.
NM: Podemos escrever as canções de forma acústica, como fizemos para este disco, em que compusemos as canções apenas com guitarras. Em seguida, fazer os arranjos e obter um bom ritmo e uma boa linha de baixo é o que dá mais trabalho. É o que você tem que fazer bem para que as pessoas gostem.

Neste novo álbum, vocês querem explorar novos territórios ou novos sons?
NM: Bem, simplesmente não queremos nos repetir, é algo intrínseco no ser humano, não? Eu não quero tocar o mesmo que toquei no terceiro disco, seria entediante. Há coisas que não podemos fazer, coisas que ainda gostamos, ou seja, há um pouco de reinvenção, mas basicamente somos os mesmos Franz Ferdinand de sempre, não podemos evitar isso. Há coisas que nós gostamos e sempre vamos gostar, e coisas que com o tempo acabamos odiando.

Vocês acham que outras bandas mudam demais? Talvez eles queiram evoluir e passam ​​para um estilo completamente diferente e isso faz com que percam os fãs?
NM: Acho que o desenvolvimento é muito importante para um grupo. É o interessante. Eu sou sempre a favor das mudanças. Obviamente, isso pode dar errado, é um risco que você tem que correr, mas não é tão arriscado como repetir-se uma vez após a outra. Neste álbum temos Fresh Strawberries, uma canção tradicionalmente muito inglesa, é a mais anos 60 que fizemos até agora. Nós adoramos tocar outros estilos.
RG: Bem, vocês já tocaram estilo anos 60 com Fabulously Lazy.
NM: Wow! Issso tem muito tempo. É verdade, sim … Era o lado B de Lynsey Wells, não? Ou era um A-side duplo?

Eu acho que na Espanha saiu em um EP, com essas duas músicas, uma instrumental…
BH: Brown Onions.

E outra da qual não me lembro.
NM: Oh, me encanta Lynsey Wells. Ela é genial. Está prestes a se casar, por sinal.

Quem? Lynsey?
NM: Sim, que lástima, haha!

Vocês tem alguma estratégia na hora de escolher os singles do álbum? Digo isso porque eu notei que o primeiro single que escolheram não costuma ser a canção mais comercial do álbum, e logo depois lançaram o que foi um estouro.
NM: Às vezes, fazemos planos, mas muitas vezes acabam por ser uma merda.

O primeiro single do primeiro álbum foi Michael.
BH: Sim, no Reino Unido foi Michael, eu não sei se aqui na Espanha também.
NM: Depois, Darts of Pleasure.

Mas o hit foi Take Me Out.
NM: E você acredita que neste álbum aconteceu a mesma coisa? O segundo single é melhor do que o primeiro?

Homem, talvez … Evil Eye e Bullet me parecem os grandes hits, e foram segundo e terceiro singles.

 

FONTE: Mondo Sonoro

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