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Alex Kapranos: ‘A internet é como o vestiário de meninas fofoqueiras’

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(Entrevista da New York Entertainment traduzida)

O último álbum do Franz Ferdinand, You Could Have It So Much Better de 2005,  foi visto pela crítica como algo que soava muito parecido com seu primeiro álbum de 2004 e não continha um hit como ‘Take Me Out’. Os fãs, agora, devem ficar bem satisfeitos em saber que Tonight, o terceiro álbum com muito mais eletrônico, demonstra uma evolução da banda de Glasgow, além de conter ‘No You Girls’ e ‘Lucid Dreams’, duas de suas melhores canções já feitas.  Conversamos com Alex Kapranos sobre o novo som do Franz, os perigos da coreografia e como os rumores começaram.

A diferença entre a produção desse álbum e os dois anteriores foi bem grande. Foi uma tentativa de vocês se reinventarem?
Quando começamos a compor a um ano e meio, nós realmente queríamos criar uma nova identidade. O modo com que criamos nossa identidade antes, isso se tornou onipresente. Você ouvia em qualquer lugar. Então nós quisemos evoluir e usar muito mais baixo e outros instrumentos, e diminuir um pouco o tempo, o que tornou a música mais pesada.

No último abril vocês lançaram uma gravação antiga de ‘Lucid Dreams’, que soava muito mais como o velho Franz Ferdinand, com apenas guitarras e bateria. Mas a versão do Tonight é totalmente diferente, com muitos teclados e uma finalização de 5 minutos com sintetizadores. Todas as novas músicas passaram por uma evolução tão dramática?
Muitas músicas foram mudadas por razões diferentes, havia muito desafio e erro. Você só realmente compreende se uma música é boa ou não quando toca para um público pela primeira vez. É como se você comprasse uma linda calça vermelha, e você está em casa olhando pra ela e pensando, “Ah, ela é fantástica.” E quando você sai e seus amigos não falam nada sobre ela, você sabe que cometeu um erro. Eu lembro da primeira vez que tocamos ‘Take Me Out’, foi terrível.

A algum tempo atrás, Nick McCarthy deu uma entrevista na qual ele dizia que o álbum teria influências africanas. E todo mundo na internet ficou preocupado que vocês fossem gravar um cd apenas com kalimbas e percussões ou algo assim. Mais tarde, você disse que ele teria um pouco de eletrônica e todos os blogs entraram em pânico de novo. Vocês estavam tentando assustar as pessoas?
Não. A culpa é em parte da nossa decisão de não falar com a imprensa enquanto estávamos compondo. Mas quando acidentalmente demos uma entrevista, algumas coisas que falamos foram exageradas pela mídia. Eu acho que Nick falou com um jornalista que perguntou ‘Vocês gostam de música africana?’, e ele honestamente respondeu ‘Sim, nós gostamos.’ E aí ele perguntou ‘Ela é uma influência na sua música?’ e Nick disse ‘Se nós gostamos, provavelmente há uma influência sim.’ Mas nós somos quatro caras de Glasgow – nós não vamos fazer um cd africano. Mas se você menciona isso uma vez numa entrevista, ela gera boatos. Especialmente na internet. A internet é como o vestiário de meninas fofoqueiras depois da escola, não é?

As capas dos seus dois primeiros cds têm uma estética similar, mas mais uma vez, esse último é diferente. Qual é a idéia ali?
Para os nossos álbuns anteriores, usamos muito do Construtivismo Russo, e aquele estilo geometrizado realmente combinava com o som, aqueles cantos bem marcados e linhas. Dessa vez aquilo não parecia apropriado – a música não soava como aquela aparência. Procurávamos coisas novas, e é a combinação de duas idéias: uma é baseada na idéia de Cindy Sherman, os frames de filmes sem título os quais ela pausava e fotografava como se fossem um frame de um filme imaginário; você olharia a fotografia e, embora o filme não existisse, você criaria os personagens e a história e o lugar na sua imaginação. E também tem a fotografia de cenas de crimes do meio do século, onde tudo é um momento congelado por um flash muito forte, tudo tem uma forma bem brutal de preto e branco.

Vocês estão coreografando alguns passos novos para essas músicas?
Nós nunca coreografamos nossas danças! É espontâneo. Deus, se você tenta coreografar aquilo você quebrará suas pernas. Não, eu não faço coreografia. Minha memória não tem capacidade de aprender coreografia; nós apenas fazemos o que nos dá vontade.

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