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Em entrevista, vocalista do Franz Ferdinand fala sobre novo disco e detalha sua relação com o Brasil

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Banda escocesa volta ao país pela sexta vez, para shows em Recife e em São Paulo

cult_franzferdinandRIO – Sim, o Franz Ferdinand está de volta. Em sua sexta passagem pelo Brasil, a banda escocesa aporta pela primeira vez em Recife, no dia 29, e se apresenta na edição brasileira do Lollapalooza, no dia 30 de março, em São Paulo. Além de hits como “This fire”, “Take me out” e “Do you want to”, Alex Kapranos e companhia prometem apresentar novas músicas que farão parte do sucessor do disco “Tonight: Franz Ferdinand”, lançado no já distante ano de 2009. Com várias indicações ao Grammy no currículo e muitos discos de platina na parede, o vocalista falou ao GLOBO sobre o próximo disco, sobre as sete faixas inéditas apresentadas na semana passada em um show intimista em sua Glasgow natal e sobre sua paixão pelos fãs brasileiros.

Como foram as gravações do novo disco? O que os fãs podem esperar?

As gravações foram muito bem. Os fãs podem esperar um LP que soa como se nós tivéssemos realmente gostado de fazê-lo. O que aconteceu, de fato. Acho que nunca nos divertimos tanto fazendo um disco quanto esse.

Como têm sido as reações ao material novo que vocês vêm tocando ao vivo?

As reações têm sido ótimas. Muitas dessas músicas são bem diretas, mais até que as do último disco. Definitivamente vamos tocar as novas canções do Brasil, mal posso esperar por isso.

Vocês estão lançando o quarto álbum de estúdio e já não são mais a novidade que arrebatou crítica e público em meados da década passada. O que vocês fazem para não perder o frescor de uma banda jovem, faminta?

Er… não comer muito? Não é isso que te deixa faminto? Acho que nossa vida é emocionante por nos mantermos longe da parte “industrial” da coisa. Damos poucas entrevista e temos o mínimo de contato possível com a gravadora. Isso é o que cansa, não a parte de escrever ou tocar nossas músicas.

E como é encarar a estrada mais uma vez com os mesmos colegas de sempre?

Uma coisa importante é se certificar de que todos na banda se dão bem uns com os outros. Bandas antigas ficam chatas quando você ouve um monte de caras cheios de ressentimentos mesquinhos e amargura. Essa é a pior coisa que pode acontecer com você. Felizmente, nós temos uma conversa muito aberta uns com os outros, então conseguimos escapar dessas armadilhas.

Desde o primeiro show do Franz Ferdinand no Brasil, em 2006, esta é a sexta passagem de vocês pelo país. Qual é a sua relação com a cultura brasileira?

Ah, aquele show foi muito divertido. Tenho ótimas memórias dele. Foi muito intenso… bem, ao longo dos anos acabei fazendo amigos no Brasil com quem ainda mantenho contato e encontro quando volto. Acho que tem havido bastante mudanças desde a primeira vez em que estivemos aí. Em muitos aspectos, o país parece estar prosperando. Mas, para deixar claro, isso vem da perspectiva de um turista que sempre teve bons momentos em suas visitas…

Depois de tantas vindas, algo na cultura brasileira chamou sua atenção?

Eu fui apresentado a alguns artistas brasileiros maravilhosos bem cedo, como Jorge Ben, Caetano Veloso… esses caras tiveram um grande impacto sobre mim. Passei meu aniversário no Rio, em 2010, e fomos para um ótimo clube que tocava apenas música brasileira. Foi surpreendente. Eu conhecia algumas das músicas que ouvi, mas tenho muito ainda para conhecer. Gosto bastante do Cansei de Ser Sexy e do Bonde do Rolê. Alguma dica sobre o que eu devo ouvir?

Já conhece a Nação Zumbi?

Estou ouvindo um trechinho. Soa bem metal, pesado, mas com muita percussão. Adoro uma boa percussão como essa.

No seu último show em São Paulo, em maio de 2012, seus fãs tiveram problemas com a polícia local. Como você avalia esse incidente?

Esse é o pior pesadelo para qualquer um em uma banda: pensar que as pessoas podem se machucar na plateia dos shows. Mas, nesse caso, só descobrimos o que aconteceu depois de tocarmos. Durante o show, a única coisa que eu podia sentir eram as ondas de energia positiva. Até hoje não sei os detalhes do que aconteceu, então prefiro não julgar ninguém. Nossos fãs brasileiros sempre foram muito leais, acabamos construindo um relacionamento ao longo dos anos e é claro que você se preocupa.

E esse relacionamento é mantido à distância por meio do Twitter, certo? Você usa muito a ferramenta para se comunicar com os fãs. Gosta dessa proximidade?

Sim. Eu tenho aquele “negócio” do Twitter no meu celular. Se eu estou em um trem ou esperando em uma fila, entro no Twitter e falo com as pessoas. É bem divertido, às vezes chegam umas perguntas bizarras. Mas é incrível como você fica instantaneamente ligado àquelas milhares de pessoas, não é? Gosto de ter o retorno direto da pessoas. Foi como eu disse sobre o afastamento da parte industrial da coisa. Hoje eu prefiro usar o Twitter para contar as novidades para os nossos fãs do que escrever um comunicado para a imprensa.

Seus shows no Brasil ficaram marcados pelas performances enérgicas. Você se sente pressionado por essa fama?

Eu não costumo pensar sobre shows passados quando estou no palco. Sou tomado por aquele momento e mais nenhum outro. Claro que eu ainda fico nervoso antes de subir ao palco, a mesma sensação de estar à beira do trampolim mais alto de uma piscina e que aquele é um passo sem volta. É incrível! Bem, preciso ir em alguns minutos, prometi fazer o jantar para os meus pais. Não consigo vê-los com frequência, então preciso dar atenção a eles… Alguma pergunta antes que eu desapareça na cozinha?

FONTE: O Globo

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