15 49.0138 8.38624 1 0 4000 1 http://franzferdinand.com.br 300 true 0
theme-sticky-logo-alt

Franz no Estado de São Paulo de hoje

0 Comments

O pinball vertiginoso do Franz

Grupo escocês alucina no Via Funchal lotado (e com ventilação insuficiente) e reafirma reputação de bom de palco.
   25 de março de 2010 | 0h 00
   – O Estadao de S.Paulo

Na sauna superlotada que virou o Via Funchal, na terça à noite, frente a 5,8 mil pessoas, o grupo escocês Franz Ferdinand reafirmou sua reputação como uma das melhores bandas de palco do rock moderno. O Franz consegue aquilo que todos os grupos de rock sonham: reação em massa da plateia, adesão coletiva impressionante, ondas de euforia positivas. A questão é: como se consegue isso?

Bom, a julgar pela performance da terça-feira, parece tudo muito simples ? como parece simples explicar um drible de Neymar ou Messi. Um baterista animal na cozinha (Paul Thomson, de sangue rockabilly); um teclado incidental que parece fazer trilha sonora para fliperamas; um cantor de verdade à frente, Alex Kapranos (que se curava de uma gripe); um par de guitarras tocadas com alegria; e composições que evocam desde trilhas de western spaghetti até corinhos dos Beatles. E mais: um empréstimo saudável dos riffs de algumas das melhores bandas de rock”n”roll da História, como Byrds, The Who, Beach Boys.

Despidos de supercertezas subintelectuais e sem pose, os rapazes do Franz Ferdinand não deixam que o star system seja maior do que a música. Eles apenas convidam o público a dançar, seja com cadência (como quando fizeram uma versão mais lenta de Walk Away, tirando o pé do acelerador), seja na vertiginosa ladeira em que transformaram Do You Want To, na qual Nick McCarthy castigou a guitarra até estourar (literamente) as cordas.

Se a gente prestar bem atenção, notará que há uma grande dose de repetição nas músicas do Franz, às vezes parece a mesma música sempre. São canções deliberadamente simples, com versos modulares, como Can”t Stop Feeling e Take Me Out, No You Girls e What She Came For, todas presentes anteontem à noite. Mas é a pulsão que pega, a energia que imprimem a cada refrão. Esse é o ponto: não são rock stars à velha moda, aqueles que têm um capital de “atitude”, “selvageria” e “incompatibilidade” . Entregar o pacote de forma eficiente e sincera é seu negócio.

FONTE: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100325/not_imp528784,0.php

Previous Post
MTV Brasil exibe show no Rock Am Ring
Next Post
Mais fotos do show de SP (Revista Época)

0 Comments

Leave a Reply