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O Franz Ferdinand explica porque a autoprodução foi a “ação correta” para o novo álbum

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TRADUÇÃO: Cristina Renó

mystique

O quarteto de Glasgow, Franz Ferdinand, irrompe em grande forma na cena alternativa com o seu álbum homônimo de estreia de 2004. Seguiram com dois álbuns bem-sucedidos de sonoridade similares que não aprimoraram seu padrão comercial e crítico, mas também não machucaram. Com seu quarto álbum, ‘Right Thoughts, Right Words, Right Action’, a ser lançado em 27 de Agosto, a banda parece ter recuperado sua sinceridade e qualidades sem esforço que fizeram melodias como ‘Take Me Out’ e ‘This Fire’ tão legais. Diffuser.fm bateu papo com o guitarrista Nick McCarthy sobre a descontraída atmosfera de gravação e o processo de autoprodução de ‘Right Thoughts’ no estúdio da banda no Reino Unido.

O prelúdio para este álbum foi um pouco não tradicional, já que vocês vêm fazendo shows e estreando músicas há mais de um ano. Qual foi o catalizador desta abordagem?

Nós não queríamos exagerar no processo de gravação, quando você vai para o estúdio por semanas a fio e só fica nessa. Nós somos uma banda que gosta de tocar ao vivo, e era isso que queríamos capturar nesse álbum. Nós queríamos capturar a essência de nós quatro em nosso melhor, e nós fazemos o melhor quando estamos tocando ao vivo. Então nós fazíamos alguns shows e depois voltávamos ao estúdio por uma semana ou duas e gravávamos duas músicas e escrevíamos mais duas e as tocávamos acusticamente e então marcávamos alguns shows de novo e experimentávamos.

Nós fizemos vários shows no ano passado, e shows te levantam como banda. Você pode estar no estúdio há um bom tempo e você meio que deixa a barba crescer e bebe muita cerveja e fica meio entediante. Mas quando você faz shows, você sai de lá e tudo faz sentido. Você não toca só as músicas novas, mas as músicas antigas também e percebe novamente o que você é, o que é prazeroso para nós.

Este álbum soa mais como o primeiro álbum do que os dois que o seguiram. Você acha que pode ser pelo fato de vocês estarem tocando as músicas ao vivo, juntamente com as antigas, antes de gravar e ouvir como elas se relacionam com suas músicas antigas?

Pode ser isso também. Parecia muito com como estávamos durante a primeira gravação. Mas nós não comparamos as gravações entre elas. Mas parece muito honesto e o primeiro álbum também era muito honesto. Os outros dois, eu não sei, nós estávamos sempre fazendo turnê quando fizemos os outros e fazíamos tudo na correria, na realidade. Todas as engrenagens estavam girando.

Para este álbum, nós estávamos dando um tempo e só trabalhávamos nele por poucas horas por dia, mais ou menos como quando fazíamos quando todos tinham empregos e nos encontrávamos à noite. Eu tenho um filho, então eu cuidava dele durante o dia e então voltava para a música à noite. Foi muito bom. Isso impediu de parecer trabalho.

Eu estou muito feliz com o álbum e como ele soa. Quando estávamos fazendo esses shows massivos no segundo e terceiro álbuns, nós começamos a entrar num som tipo mega-rock, com guitarras distorcidas. Neste, nós voltamos a uma coisa mais ‘dance’ tênue e crua. Eu meio que prefiro assim, de certa maneira.

Com este tipo de método de gravação, foi o motivo pelo qual vocês decidiram produzir vocês mesmos? Eu imagino que seria difícil contratar alguém para gravar vocês quando estavam trabalhando apenas algumas horas por dia, com intervalos prolongados para turnê.

O que eu quis dizer, eu não quero que pareça que nós estávamos ‘Ah, nós terminaremos um dia’. Nós tínhamos uma agenda e uma data final em vista. Nós ficávamos uma ou duas semanas em casa e então uma semana no estúdio, mas isto nos permitia ficar ‘Certo, terminamos essa música. Amanhã nós vamos gravá-la’. E se você mesmo se grava e tem seu próprio equipamento e estúdio, é muito fácil fazê-lo.

Muitos músicos sonham em ter seu próprio estúdio. Nós não temos um estúdio super profissional. O meu é uma garagem em Londres. O do Alex é um estúdio antigo de um artista do interior. Tem carpetes e tal. Nós apenas compramos uns microfones bem legais.

Fazer a parte da engenharia ou gravar um disco não é uma habilidade que muitas bandas têm. Isto é algo que vocês colheram ao longo dos anos?

Sim, eu acho que sim. Nós estávamos sempre olhando por cima dos ombros dos produtores e sempre muito interessados. Produzir não é grande coisa, de verdade. É só uma questão de aprender a ficar de olho nas coisas e examinar a música. Tipo, não ser pego nas performances vocais ou se preocupar como a guitarra ou o solo de bateria devem ser. É tudo sobre a música. Você tem que recuar um pouco e pensar mais do que apenas na sua parte especificamente.

Eu sempre achei que esta era a parte mais difícil, não ficar tão próximo da música.

Sim, é, especificamente se você for um bom músico. Você pode ser muito afetado pela sua parte. Mas nós sempre trocamos de instrumentos e somos uma banda de compositores, na verdade. Nós nunca fomos assim tão bons com nossos instrumentos, mas somos bons em construir música. Nós não somos grandes virtuoses em nossos instrumentos. Mas está tudo bem.

Vocês fizeram um show, há pouco tempo, no Letterman, o que é uma honra. Há algo mais no horizonte que te deixe particularmente empolgado?

Bem, nós estávamos gravando um vídeo bem legal. É para ‘Evil Eye’, nosso próximo single que sairá em um mês e meio. Nós filmamos o dia inteiro ontem e foi muito divertido. Nós já fizemos vídeos antes, mas nada parecido com este. Nós vamos voltar para filmar mais depois. E fazer shows em partes diferentes do mundo em que ainda não estivemos. O mais divertido é na verdade tocar as músicas novas. É o que nos mantêm em movimento.

FONTE: diffuser.fm / Créditos foto: Yuri Kiddo – Guia da Semana

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